terça-feira, 7 de agosto de 2007

A guerra dos americanos e as drogas

Estressados e aborrecidos, soldados americanos no Afeganistão e no Iraque consomem heroína como válvula de escape.

Shaun McCanna escreveu uma longa reportagem para a revista Salon sobre o assunto.

Shaun conta como conseguiu comprar a droga facilmente num bazar de Bagram, local onde está instalada uma base aérea americana no Afeganistão.

Comprou a droga de um vendedor adolescente.

Shaun escreve que a verdadeira extensão do problema do consumo da heroína entre os soldados americanos ainda é desconhecida. Um porta-voz da base revelou que poucas informações sobre assuntos relacionados a álcool e drogas chegam às autoridades militares.

Dos 350 mil soldados americanos que pisaram o palco da guerra nas décadas recentes, cerca de 30 mil têm sido tratados do vício das drogas. Mas a situação atual no Iraque e Afeganistão ainda não aparece nas estatísticas.

Especialistas informam que os números acerca do uso de drogas entre veteranos costumam aparecer depois de 10 anos. Somente agora, por exemplo, é que a realidade sobre o uso de drogas durante a Guerra do Golfo está sendo conhecida.

Shaun conversou sobre o problema com soldados que regressaram da guerra. Mas eles não abrem o jogo, com receio de prejudicar ou desrespeitar os colegas.

Guerra e uso de drogas são situações relacionadas. Dois milhões e meio de americanos serviram no Vietnã. Desses, 14% se tornaram viciados.

Para especialistas, Afeganistão e Iraque, sobretudo o Iraque, podem se tornar um novo Vietnã no quesito consumo de drogas.

Tudo indica que também no sentido bélico.

Foto: Salon

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