Vinte anos se passaram. Hoje o sueco Peter Sunde vai muito além dos disquetes. Com os amigos Fredrik Neij e Gottfried Svartholm, ele criou o site The Pirate Bay.
O site, com mais de dois milhões de visitas diárias, permite piratear conteúdo protegido por copyright, e vai de músicas e jogos até filmes em cartaz nos cinemas.
A iniciativa tem provocado a ira dos poderosos de Hollywood, da indústria fonográfica e da TV.
Nos últimos três anos, Hollywood tem movido uma ofensiva pesada para fechar o site, acusando-o, inclusive, de praticar extremismo político.
A própria polícia sueca tem andado no encalço de Sunde e seus parceiros. No ano passado, Gottfried Svartholm foi levado para interrogatório.
Apesar de toda essa perseguição, Sunde e os amigos são apenas estudantes que vivem nos subúrbios de Estocolmo, mantendo uma rotina comum. Trabalham durante a noite e acordam tarde. O mais próximo que possuem de um escritório é uma escrivaninha com um aparelho de fax.
Todo esse barulho não preocupa Sunde. Para ele, o Pirate Bay é apenas um site de busca, que não lhe rende dinheiro, ao contrário do que dizem as acusações de que se beneficia comercializando material protegido por copyright. O que ele e sua equipe consegue ganhar provém de publicidade e outras atividades.
Como o site não abriga conteúdo ilegal, segue protegido pelas leis suecas e por ora está livre de ter o mesmo destino de serviços como o Napster e o Kazaa, que foram obrigados a fechar por decisão judicial.
Com ou sem Sunde no caminho, a indústria da mídia e do entretenimento está com seus alicerces definitivamente abalados. A guerra contra a ganância dos grandes estúdios já foi há muito tempo declarada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário