segunda-feira, 30 de julho de 2007

Bergman e o fim de uma era

Blogueiros, jornalistas culturais, cinéfilos, críticos de cinema e escritores do mundo inteiro renderam suas homenagens ao cinesta Ingmar Bergman, que morreu hoje na Suécia.

O crítico Peter Bradshaw, do The Guardian, escreveu que a morte de Bergman representa o fim de uma era.

Para Bradshaw, Bergman era a inteligência de sua geração e, dos diretores do pós-guerra, era o que carregou nos ombros o fardo das questões morais.

“Ninguém fazia filmes como Bergman”, escreveu Bradshaw, “e mesmo Woody Allen, seu grande admirador, que chegou a imitá-lo uma vez, recuou anos atrás de sua experiência com a frieza sombria da seriedade bergmaniana, preferindo a comédia leve”.

Não que Bergman não fosse incapaz de fazer sorrir. Apesar de toda a carga dramática dos seus filmes, foi uma comédia, Sorrisos de uma noite de amor, que o tornou conhecido internacionalmente, segundo a BBC.

Mas Bergman estava bastante sozinho, analisa Bradshaw. “Sua presença eclesiástica e descarnada, nessa era de vídeo digital, camêras portáteis e mídia pós-moderna influenciada pela TV, estava fora do tempo”.

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