Anos depois, foi a vez do USA for Africa unir as vozes de mais um time de estrelas do rock num basta contra a fome... na Africa. Depois veio o Live Aid, organizado por Bob Geldof. Décadas depois, o Live 8, também sob a batuta de Bob Geldof. E seguiram-se outros concertos de caráter humanitário pelos anos afora.
Agora a performance da vez é o Live Earth, e a razão de ser do evento é somar as guitarras contra as mudanças climáticas no Planeta. Trata-se de um megashow com previsão para durar 24 horas e ser assistido por 2 bilhões de pessoas. As apresentações acontecerão em 8 cidades: Londres, Xangai, Tóquio, Hamburgo, Nova York, Rio de Janeiro, Sidney e Joanesburgo.
A questão é: haverá entusiasmo para mais uma iniciativa dessa natureza? O London Telegraph levantou a questão e despachou ( acesso livre, em inglês) seus repórteres para conferir o ânimo do público nessas oito cidades. Para o jornal londrino, o Live Earth deve enfrentar o seu maior desafio: o desinteresse global.
Contudo, ao contrário da suspeita ventilada pelo jornal, os ânimos estão em alta para os shows. Em Londres, o Live Earth deverá ser visto por 90 mil pessoas no Wembley Stadium. Uma soma de fatores, como a ameaça de ataques terroristas e mudanças climáticas, poderia estar influenciando negativamente a realização do concerto. Mas os organizadores asseguram que a procura por ingressos foi tão alta que teriam vendido até duas vezes mais. Madonna será uma das grandes atrações em Londres, que terá ainda Metallica, Duran Duran, Genesis, Beastie Boys e até uma participação de Paul McCartney.
No Rio, o Live Earth deverá rolar na praia de Copacabana. O grande nome anunciado para a versão brasileira é Jorge Ben Jor. Para o London Telegraph, no Brasil o concerto verde só terá esse significado para uma elite de brasileiros educados e “eco-conscientes”. Para a grande massa desinformada, o concertão não passará de mais uma festa. Está ou não está coberto de razão?
Um comentário:
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