terça-feira, 17 de julho de 2007

A cara do Congresso

No Brasil, as peripécias do Congresso monopolizam a cobertura da mídia. De tal forma que, não sem razão, a grande imprensa é acusada de ser monotemática, com seu foco direcionado para os bastidores da política de Brasília.

Mas, afinal de contas, quais são os grupos que hoje compõem o Congresso Nacional? O que ou quem de fato representam? E o que planejam desenvolver na atual legislatura?

As respostas estão no livro
O que esperar do novo Congresso – perfil e agenda da legislatura 2007/2011, lançado em maio, em Brasília, numa iniciativa do site Congresso em Foco.

O livro revela, entre outras coisas, que
os empresários estão em alta no Congresso. Dos 618 congressistas eleitos este ano, 219 são empresários distribuídos entre senadores (190) e deputados (29). Desde 1995 que não se faziam presentes de forma tão numerosa.

Outra bancada em ascensão é a dos ruralistas. Somam 120 membros no Congresso. Por outro lado, os evangélicos e os sindicalistas estão em baixa. O mesmo pode ser dito da representatividade das mulheres (9%) e dos negros (2,5%)

Outra informação curiosa do livro é que, apesar dos azarões, os fatores determinantes para a vitória de um candidato são
o dinheiro, o poder e o berço.

Nesse balanço do Congresso, não poderia ficar de fora a questão familiar, tão cara na perpetuação das relações de poder nestes tristes trópicos. Trata-se da
bancada dos parentes de políticos tradicionais – mães, filhos, irmãos, netos, cônjuges -, que responde por 112 integrantes (92 deputados e 30 senadores).

O livro teve o financiamento do grupo Brasil Telecom.

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