terça-feira, 24 de julho de 2007

Pé na estrada

A crise aérea está provocando um curioso fenômeno no Brasil: as pessoas estão preferindo viajar de ônibus ou de carro próprio, mesmo quando as distâncias são muito longas. Adeus aeroportos e seus dias de balbúrdia, atrasos, tempo desperdiçado, medo.

O negócio agora é cair na estrada, segundo reportagem do site Congresso em Foco:

Assim como aconteceu no ano passado, quando um avião da Gol caiu ao se chocar com um jato, matando 154 pessoas, a previsão é que o movimento nas estradas aumente agora, depois do acidente com o Airbus da TAM, em São Paulo – tragédia que vitimou aproximadamente 200 pessoas.

Mas será que as nossas estradas são seguras? Não, não são:

Segundo o último levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), ainda em 2006, 75% das rodovias brasileiras têm algum tipo de deficiência.

Em termos de acidentes rodoviários, as estatísticas também não são lá animadoras. Entre janeiro e junho deste ano foram registrados 56.671 acidentes, cerca de 10,56% a mais do que o mesmo período de 2006. O total de mortes (3.111) também supera os de 2006.

Se nem tanto para o ar, nem tanto para a terra, o que fazer?

Não restam alternativas para o consumidor.

Segundo especialista ouvido pelo Congresso em Foco, o problema é de falta de “infra-estrutura crítica”, provocada pelo desmantelamento do Estado iniciado há 15 anos no governo Collor.

A conclusão da reportagem é desalentadora: com tantas dificuldades, talvez os brasileiros passem a viajar menos.

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