No Brasil Vila-Matas ficou conhecido depois da publicação dos seus romances Bartebly e companhia e O mal de Montano. Já Paul Auster tem uma relação mais antiga com o leitor brasileiro. Dele já foram lançados por aqui: O livro das ilusões, A invenção da solidão e A trilogia de Nova York, entre outros romances.
O encontro entre o americano e o espanhol rendeu curiosas confissões de ambos os lados. Falando ao público do Cervantes, Vila-Matas conta que decidiu se dedicar à literatura inspirado pelo papel romântico que o ator Marcelo Mastroianni interpretou no filme A noite (de Michelangelo Antonioni). Na história, Mastroianni era casado com uma mulher elegante e talentosa, capaz de ler 200 páginas por dia. Mas Vila-Matas logo se deu conta de que para ser escritor de verdade tinha de escrever e deixar de ser Mastroianni.
Tanto um quanto outro foram questionados se algum dia se sentiram bloqueados. A resposta de Enrique Vila-Matas: “O escritor que não se encontra com o abismo, não é um escritor.” E a de Paul Auster: “Eu só espero poder escrever amanhã”.
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